Bah, meu, pega esse trem, uai

Somos cinco gaúchos morando juntos, mas, por incrível que pareça, o sotaque riograndense é o que menos chega aos nossos ouvidos. Cada um trabalha em uma editoria diferente, com colegas dos mais diversos cantos do país. É assim que estamos aprendendo algumas peculiaridades da nossa língua (pode parecer óbvio, mas isso realmente é impressionante e divertido de viver):
- Se tu convidar um paulista para ir a uma “festa”, por exemplo, ele já vai imaginar um bolo de aniversário cheio de docinhos em volta. Para sair à noite, tem que dizer “vamos para a balada!”.
- A Laura já é dona da pérola “estou desejando muito um negrinho”, referindo-se ao brigadeiro.
- Hoje, eu falei: acho que ali tem um “ponto” de ônibus. A Laura logo me corrigiu: “Ponto, não. Parada!”.
- Aqui, as pessoas não “descem” do ônibus. Elas “saltam”.
Alguns já se adaptaram ao meio. É o caso do Rafael, que de vez em quando chega em casa com um sotaque paulista carregadíssimo. “Meu”, até parece que tu já mora aqui há décadas.
Falando em sotaque, aproveitamos o espaço para fazer uma homenagem à Naiara, uma “minerin” de “Belzonte” que está sempre por perto para nos aturar. Aqui vai uma foto dela no Museu da Língua Portuguesa.

Em alta: Já estamos até dando informação sobre as ruas da cidade.
Em baixa: Já chegamos na metade do curso.
Em dúvida: Como secar as meias na máquina sem deixar bolinhas?